Um dos maiores desafios quando falamos de Javascript, é a rivalidade entre um desenvolvedor e o profissional de SEO. E cá estou eu, formada em desenvolvimento e atualmente especialista em SEO Tecnico. E o meu objetivo aqui é defender todos os personagens dessa história!
Eis aqui o desenvolvedor, que utiliza javascript para desenvolver o site. Uma linguagem que vem sendo utilizada cada vez mais na programação…
Do outro lado, o profissional de SEO, que encontra dificuldades para posicionar e percebe uma demora acima do normal para indexar as páginas…
(há boatos que até hoje… quando nasce um SEO, nasce um ranço de dev, e quando nasce um DEV, nasce um ranço de SEO. Mas tem excessões!)
Agora, eis aqui o cliente, que fica no meio dessa história… Ele só quer conversões e visibilidade (só isso!)
Ah, conversões… nada melhor que um javacript para trazer uma boa experiência… Carrossel, animação ao passar o mouse, imagens e botões interativos, tudo isso e mais um pouco brilham os olhos do visitante e o convencem de fazer a conversão desejada…
Agora, como manter o conteúdo rastreável para os bots utilizando Javascript? Vou te explicar por quê o Javascript pode ser nosso inimigo, e não precisa saber programação!
Dentro do código-fonte, existem várias linhas coloridas. Entre elas, está o HTML estático: o bot “bate o olho” e já sabe o que encontrará naquele código. Nós também conseguimos fazer isso, encontrando a title, description, canonical…
E existem também os códigos Javascript. Diferente do HTML estático, ele precisa ser renderizado. Se olharmos para ele, não entendemos o que está nele. Ele é como uma cápsula, que deve ser aberta e explorada, o bot entra e busca headings, conteúdos, imagens e outros elementos para indexar. Quando ele consegue chegar até o conteúdo e entender, ele realizou o processo de HTML renderizado.
Mas como nem tudo são flores, essas “cápsulas” podem ser inacessíveis ou ter uma nível de profundidade muito grande, impossibilitando os bots de conseguirem entender seu conteúdo. Ou seja, o HTML não é renderizável.
Quando o código Javascript não é renderizável, todo conteúdo dentro dele fica protegido, escondido dos bots. Imagina o trabalho para fazer o SEO de uma página, colocar uma redação e o Google não conseguir ler? Desespero!
Agora que você conhece os dois lados das moedas (dev e SEO / javascript e rastreabilidade)…
Mas será que existe um “vivemos felizes para sempre” em um relacionamento entre javascript e SEO?
Como a música do Leonardo já dizia: “Entre tapas e beijos, é ódio é desejo, é sonho é loucura!”
É difícil colocar na balança (Javascript é libriano com ascendente em capricórnio, já fiz seu mapa astral…) e abrir mão da experiência do cliente no site. Até o Google diz isso, com o EEAT, da importância de focar no usuário.
E existe sim, uma forma de contornar o processo de renderização. Chamamos de prerender. Consiste em realizar a pré renderização pelo servidor. Em outras palavras, o servidor lê o conteúdo javascript e disponibiliza o conteúdo encontrado já renderizado, sem que o bot precise fazer essa etapa ao ler o código-fonte da página.
Como se faz isso?
Bem, no meu curso de SEO Técnico eu ensino como chegar no desenvolvedor com autoridade e carinho para que ele tope essa jornada com você, e aceite seu pedido (de casamento) para fazer o processo de pré-renderização!
Para finalizar, meu objetivo com essa pequena história é unir essa grande família e anunciar que (in)felizmente Javascript será uma linguagem cada vez mais presente nos sites atualmente, porque a experiência do cliente importa!
E no momento que o profissional de SEO souber como o Google lê seu conteúdo, sabendo orientar o cliente e seu time, uma nova história começa, e boatos serão apenas lembranças do século 21.