Quando comecei minha jornada no mundo do SEO, eu tinha um checklist de 24 questões que usava para realizar auditorias de SEO técnico. Entre essas questões, havia algumas que eu classificava como críticas — problemas que precisavam ser corrigidos imediatamente para garantir o bom desempenho do site nos resultados de busca.
Um desses itens “críticos” era o cache da página. Se uma página não estivesse com o cache ativo, eu a sinalizava como algo urgente, com o seguinte alerta mental: “CORRIJA ISSO AGORA OU SEU SITE NUNCA VAI RANKEAR!”
Naquela época, verificar o cache do Google era praticamente a única maneira de confirmar se o Googlebot estava vendo o conteúdo da página corretamente (ou se ele conseguia vê-lo). O cache era como uma “prova concreta” de que a página estava acessível para os motores de busca.
Mas será que ativar o cache é realmente necessário para SEO?
Depois de muita pesquisa na documentação técnica do Google, cheguei à seguinte conclusão: não, não é crítico.
Se uma página não está em cache, isso não significa automaticamente que ela não vai rankear. Na verdade, ao longo dos anos, o Google tem reduzido sua dependência do cache de páginas. Eles até removeram o acesso direto à versão em cache nos resultados de pesquisa.
Por enquanto, ainda é possível verificar o cache de uma página usando o operador de busca “cache:URL”, mas essa funcionalidade também será descontinuada em breve.
Como verificar se o Google está vendo sua página corretamente?
Em vez de depender do cache, recomendo seguir um caminho mais moderno e confiável para diagnosticar como o Google está interpretando suas páginas. Aqui estão os passos que você deve seguir:
- Use a Ferramenta de Inspeção de URL no Google Search Console
Essa ferramenta permite verificar o estado atual da página no índice do Google. Você pode confirmar se a página foi rastreada recentemente e se está indexada corretamente. - Verifique o Índice Atual da Página
A Ferramenta de Inspeção de URL também mostra uma cópia do HTML que o Googlebot viu durante a última visita. Compare isso com o HTML renderizado no navegador para garantir que não há discrepâncias. - Analise o HTML Renderizado
Use ferramentas como o Google Chrome DevTools ou outras soluções de renderização para confirmar que o Googlebot consegue ver todo o conteúdo da página, incluindo elementos gerados dinamicamente por JavaScript.
Se a página passar nesses testes, você pode ficar tranquilo: ela está sendo vista corretamente pelo Google e está apta a ranquear.
Por que o cache não é mais prioridade?
O Google evoluiu significativamente nos últimos anos. Hoje, o foco está em entender o conteúdo da página de forma mais abrangente, e não apenas em armazenar uma versão em cache. Além disso, muitos sites modernos usam tecnologias como JavaScript e renderização dinâmica, o que torna o cache menos relevante.
Isso não significa que o cache seja inútil — ele ainda pode ser útil em algumas situações, como:
- Identificar quando o Googlebot visitou a página pela última vez.
- Confirmar rapidamente se o conteúdo principal está visível para os motores de busca.
No entanto, ele não deve ser tratado como um indicador crítico de SEO. Em vez disso, concentre-se nas ferramentas e métodos mencionados acima para garantir que suas páginas estejam otimizadas.
Conclusão: deixe o cache de lado!
O cache da página já foi uma parte importante das auditorias de SEO técnico, mas hoje ele perdeu grande parte de sua relevância. Em vez de se preocupar com o cache, invista seu tempo em:
- Garantir que suas páginas estão sendo rastreadas e indexadas corretamente.
- Verificar o HTML renderizado para identificar possíveis problemas técnicos.
- Usar ferramentas modernas, como o Google Search Console, para monitorar o desempenho do site.